Bom… Decidi… não por obra de uma lâmpada mágica que de repente se acendeu na minha cabecinha, mas por ter ficado inspirada com o regresso de Marcelo Rebelo de Sousa à TVI e aos seus comentários dominicais que tanto aprecio, e assim lá resolvi dar uso ao manifesto do teclado e voilá os pontos nos I da Margarida, ideias mirabolantes, opiniões que não agradam a gregos e troianos, convicções do mais cá de dentro que há!
Mas não… não prometo que seja semanal, até porque a minha relação com o computador é por vezes de preguiça, ou então de irritação com a condição de ter que escrever todos os dias. Por isso, de vez em quando vai aparecendo os pontos nos Is da Margarida que não promete nada de novo, nem revolucionário, mas que assegura ser fiel à própria autora.
Bom então vamos lá:
Mourinho e mais uma vitória na Liga dos Campeões. Percebo um pouquinho de bola, mas falta o outro bocadinho… mas sem dúvida que o interessante é falar do homem e da sua personalidade, até porque é graças àquela arrogância deliciosa que também faz sucesso. Imaginem lá um Mourinho sempre sorridente, a dizer coisas agradáveis e a tentar agradar a tudo e a todos só porque sim? Eh pá, nem pensar, Mourinho que é Mourinho diz frases como “sou o melhor treinador do mundo e vou ser outra vez em 2010” que afirma sem se preocupar com o que outros pensam, que seria "um milagre a nossa selecção chegar à fase final do Mundial”. Chamem lhe insolência, arrogância, o que quiser mas se ele é de facto the special one porque raio não há de dizer? “Desculpem fui campeão, já não perco em casa desde o tempo que estava no Porto, sou o novo treinador de uma super potência futebolística (sim já é oficial está no comando do Real Madrid) mas pronto sou humilde por isso não, claro que não sou o melhor treinador do Mundo? Poupem-me. Se fazemos algo bom, magnifico, gratificante, memorável porque não propagar aos sete ventos? Precisamos de mais atitudes à Mourinho, mas claro sempre que os feitos assim o justifiquem.
Entrevista da TVI a Mourinho – sem pimenta, fácil demais, chata com perguntas previsíveis, o jornalista a hesitar nas questões. Para tanto alarido, o telespectador merecia mais.
Regresso de Marcelo a Crise e o Governo – Como sempre igual a si próprio. O professor é capaz de ser a individualidade que mais reúne consensos entre os portugueses. Podemos estar algumas vezes em desacordo mas é sempre um prazer ouvi-lo. É sempre um bom momento televisivo.
A crise. Implacável e com a tendência para se tornar mortal. Dissolver o Parlamento nesta altura? No way. A Europa ia olhar para nós como loucos, perdidos nas teias da desgovernação de Sócrates, mas aqueles que como eu aguardam a queda de Sócrates (quer dizer não no sentido literário da palavra credo não desejo assim tanto mal à pobre criatura) não desesperem esse momento irá chegar, e de certeza que o Sócrates não terá tempo nem para dizer “I´ll be back”. Já os sucessivos despachos do Ministro das Finanças sobre quando os impostos irão incidir sobre os ordenados, revela mais uma vez que este Governo é um troca tintas de primeira e que Portugal neste momento está a ser liderado por números de circo que não conseguem despertar o riso a ninguém.
Gambôa – Mais um ano em que estive doente e que coincidiu com este festival. Ainda consegui no Sábado dar um saltinho muito rápido, mas o cansaço de uma semana em casa a curar uma infecção casmurra começou a falar mais alto. Acabei por ligar a Televisão na Record e ver um pouco dos tão aguardados Buraka Som Sistema. Suspense a abrir, jogos de luzes apelativos e consegui ainda dançar no meu imaginário com o YAH YAH YAH.
Para a Record duplo cartão vermelho. Péssima transmissão…. O que é habito. E entrevistar os patrocinadores? não é isso que se quer ver num festival. Os patrocinadores esses devem se refugiar na sua significância, que é mesmo a dos bastidores, eles nunca podem ser os protagonistas.
Uma nota final: num dos intervalos eis que aparece uma publicidade a Cabo Verde com imagens lindas, limpas, boa sequência de imagens, boa montagem… tudo perfeito. E no final aparece o logótipo da Record. No momento em que visualizei aquelas imagens tive um sentimento de familiaridade e puxando pela cabeça cheguei lá. São de um DVD sobre Cabo Verde feito por uma produtora portuguesa (desculpei mas não estou a lembrar-me do nome do DVD) que por acaso enviei a um tio meu há pouco tempo.
E depois caiu me a ficha… É vergonhoso… senão se consegue chegar à qualidade dos outros vai se aprendendo, e tentando e estudando e interagindo com aqueles que podem saber mais do que nós, (porque ninguém nasce ensinado) até se conseguir atingir essa tal marca, agora não se utiliza o trabalho dos outros e propaga-se como fosse nosso! Isso chega a ser criminoso! (E não… as imagens não foram cedidas porque senão eram colocado o nome da produtora, ou do documentá rio onde foram retiradas).
Boicotar a Record? São raras as vezes em que estou a fazer zapping e há alguma coisa naquele canal que me desperte a atenção, mas fica aqui o meu profundo desagrado, porque lá está não basta ver e protestar há que dar a conhecer esse roubo… sim roubo… já que apropriaram-se de uma coisa que não é deles.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
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