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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Feelings nothing more than feelings

"Lisboa menina e moça"... Sempre!
Expressar o que se sente quando está novamente no nosso horizonte é controverso... porque procura-se as palavras mais belas, as mais adequadas à sua imponência, adjectivos que a elevem ao seu estado mais majestoso, mas também, pensa-se na simplicidade das frases e chega-se à conclusão que por mais que se procure as palavras nunca são suficientes.

Olha-se para o seu encantamento como um refúgio, o nosso bem querer, a nossa paz interior. Inspira-se e expira-se! Encontrou-a diferente do que há um ano, mas já ansiava pelas mudanças.

Mais luminosa, cosmopolita, mais nostálgica. Sente-se no ar que o único feeling que resulta é o aroma das férias e isso Lisboa oferece como ninguém. A conjuntura não permite mais e diariamente as frases repetem-se como míticos dejá vu: "Não há condições para se ficar aqui, isto está muito mal, este país está sem sal". Lisboa, Portugal está de mãos dadas com a crise e com a depressão em geral.

Não consigo dizer nada. Também o que vou dizer? Se tento dar algumas boas vibes do género "as coisas vão melhorar, é preciso é ter pensamento positivo e não baixar os braços", recebo de imediato uma resposta "tu que estás longe não te apercebes das coisas"... ora ai está! então limito-me a ouvir, a assimilar e a concordar com algumas coisas que têm vindo a ser feitas. Frustração, dar o jogo por vencido e simplesmente navegam de acordo com a disposição das marés!

Aproveito o máximo que puder e adoro esse máximo. De casa em casa, de conversa em conversa, saboreiar cada minuto sem pensar como será o último.

Oiço as conversas no metro (já tinha saudades), redescubro novamente o prazer de andar de comboio e todos os dias reaprendo a gostar de passear de autocarro.

O Cinema com o filme "Contra-Luz" de Fernando Fragata (o melhor filme que já vi até ao momento, excelente fotografia, argumento de se lhe tirar o chápeu, película que prende desde a primeira aparição de Joaquim de Almeida até ao simpático final, que ainda nos deixa ali umas horas a pensar naquele "the end") o sushi especialmente preparado pelos amigos, os dias constantes de sol e praia, sim porque são sinónimo de "Les vacances", o Bairro Alto...

Os betos, os freaks, as gajas boas com os saltos em agulha, os tios e as tias, os rappers, os nerds, os intelectuais os artistas, todos num só. Na mesma onda, mas em opostas sintonias mentais.

Uma harmonia de personalidades que contrasta a cada gesto feito, a cada vestimenta escolhida, a cada palavra proferida. Todos com as suas manias, todos a curtir o Bairro.

E esse está cada vez melhor... conversar em frente à ginginha e depois segue-se mais outra capelinha. E no meio desse percurso os olhares querem assimilar tudo e todos e guardar para levar...

Conhecer o meu afilhado, paixão à primeira vista, aproveito para dançar com ele um funaná ou um zouk e pela movimentação do seu rosto no meu ombro parece que ficou fã. Quando regressar da próxima vez, já está com um ano e se calhar já diz "quero a madrinha maluca". E já agora é sagitário como eu. Só podia!

Encontro os amigos de Cabo Verde que já partiram. Na mesma, iguais a eles próprios, prontos para outra aventura, principalmente e mais importante, felizes!

Danço até as 6h00 na antiga Pastorinha, oiço as novas músicas, "está também é recente não é?" e simplesmente divirto-me com um grupo que adoro. Momentos Kodak como sempre. Obrigada :)

Compras e mais compras (sim sou muito consumista)... Livraria: Nelson Mandela, uma lição de vida!", inspirada pelo filme "Invictus" de Clint Eastwood, duas formas leves e suaves de sentir que os heróis podem ser de carne e osso e que é um previlégio viver na mesma era que Nelson Mandela.

A visita habitual ao Casino que já é da praxe, as derradeiras compras, de repente as malas cheias, o último jantar desta visita, as depedidas, uma adeus até breve e um olá estou de volta!

Daqui a pouco há mais...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Saudade, esse bem querer!

Procurar a definição da palavra da saudade. Agulha no palheiro. Uma tarefa difícil que provavelmente não irá ser decifrada. São muitas as definições, os pensamentos que divagam sobre a tal saudade... mas nenhuma delas é suficiente igualável à saudade sentida por cada um de nós.

É isso que este sentimento tem de bom... o ser livre, único, implacável, mas ao mesmo tempo, saboroso, representativo de diversas faces, rostos, batidas de coração, mas que surte sempre o mesmo efeito: ou uma dor nostálgica, controlável, deixada por momentos memoráveis, que se espera que no futuro se repita… ou a dor cravada a ferros, que dura uma vida toda, não é apagável nem dissolvida com a passagem dos anos. Que magoa a cada suspiro!

A partida e a saudade caminham de mãos dadas e hoje a tal dor nostálgica tomou conta de mim... saudades de dois seres especiais que com os seus sorrisos, boa disposição, almas grandes, boas vibrações, emanadas de um espírito rebelde que se entrelaçou com um mais calmo, formam um dos pontos desta constelação que se chama amizade... forti e sabi!

A saudade que hoje sinto é a mais ingrata… queremos que eles fiquem, mas sabemos que o melhor é partirem… em busca de novos desafios, dos sonhos agora recuperados, de experiências que tragam de novo o calor de novas amizades, mesmo que o cenário seja mais cinzento e frio :)

Deixaram a sua marca em Cabo Verde… para aqueles que tiveram o privilégio de os conhecer, de partilhar as mais loucas aventuras, de rir e chorar de acordo com o estado da alma. Foram sempre leais, defensores daqueles que amam, mas acima de tudo, os melhores amigos, prontos para o que der e vier!

Ai, ai… Saudade sem definição certa, mas com uma carga emocional maior do que tanta outras palavras que fazem parte do nosso quotidiano.

E é bom que assim continue… sem explicação consensual, sem poetização artificial. O bom é senti-la, cá dentro com toda a pujança, com as recordações que nos aconchegam e com um até já (muito, muito breve) que nos faz sorrir!

Inez e Diogo… são os principais pontos na constelação que estará sempre mas sempre viva!

Tenho um orgulho tremendo em vocês!