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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Há Mar Há Terra - Agricultura em Santo Antão



A enxada que não se cansa … As mãos que pegam nela traçam riscos de vivências rurais, que a cada cavada procuram o seu sustento naquela terra que há tanto conhecem.

A agricultura respira a Cabo Verde e o arquipélago das dez maravilhas respira a agricultura. Desde sempre. Estão interligadas com um íman que não se quebra. É vitalício à passagem do tempo. E a agricultura é um dos símbolos deste território crioulo, basta prestar atenção….

Felicidade é o que sente quando coloca a mão na terra. Numas férias na ilha de Santo Antão, Gertrudes Almeida encontrou um amor inesperado: a agricultura.
Deixando a Holanda para trás, Gertrudes dedicou-se de alma e coração à arte do cultivo e hoje na sua horta o tomate, a couve-flor, a cenoura, a alface, o pepino e a beringela são os protagonistas.

Fruto do seu árduo trabalho mas também do seu empenho, a agricultura abriu um pequeno estabelecimento na Vila e é com orgulho que todos os dias vende os seus produtos hortícolas… ali mas também em S. Vicente. E nem as pragas a assustam…


Mulher de armas, Gertrudes viu no cultivo uma forma de trabalhar alegremente, onde cada dia é pensado com optimismo e dedicação.

A agricultura espreita em cada canto da ilha de Santo Antão. Assim como a sua maior fraqueza: a falta de um bem precioso que é fundamental para a prosperidade desta actividade. A água.

Factores como a seca prolongada ou a fraca pluviosidade, a insuficiente construção de infra-estruturas hidráulicas para a rega e correcção torrencial têm tido implicações directas sobre a recarga e consequente exaustão dos caudais dos lençóis freáticos e sobre a mobilização insuficiente de recursos hídricos de escorrimento superficial.

Por outro lado, o uso extensivo da rega por alagamento, a ausência de Comissões de Água e a insuficiência ou mau estado da rede de distribuição de água para rega, reflectem uma gestão de água deficiente e, consequentemente levam a certo esbanjamento que causa escassez de água.

O problema foi identificado… os planos já estão em acção!!!!

Para saber mais sobre a agricultura em Santo Antão, não perca hoje "Há Mar Há Terra" na TCV por volta das 19h30!!!!





sexta-feira, 28 de maio de 2010

Eu Vou!

Manuel de Candinho actua no Auditório Nacional "Jorge Barbosa" no próximo dia 5 de Junho, sábado.



A não perder!

Continuem a mandar postais!!!




Mas de preferência assinados!
lololololol
Uma preciosidade fotográfica!




Funeral do grande poeta, compositor, jornalista, escritor, EUGÉNIO TAVARES.... um homem que revolucionou a sua época. "Durante a festa da língua portuguesa em Sintra, Corsino Fortes, poeta e antigo embaixador de Cabo Verde em Portugal, intitula-o de "Camões de Cabo Verde" e realça-o de fazedor de opinião numa enorme dimensão de pensador


"Decorria o dia 1 Junho de 1930 e pelas onze horas da manhã EugÉnio Tavares sentado a uma cadeira de baloiço na sua casa da Vila Nova Sintra, recebia a visita do seu amigo Pedro Castro e seu sobrinho José Medina e Vasconcelos. Os amigos vinham a um habitual cavaqueio narrar ao poeta um facto insólito e ridículo que decorria ao nível da governação da Colónia. Ouvida a história com muito interesse, os três remataram a conversa com uma estrondosa gargalhada, quando Eugénio Tavares deixou-se inclinar, fulminado por uma angina de peito.

Morria assim, subitamente, aquele que em vida sempre se riu das fraquezas e do ridículo que ensombra tantas vezes certas áreas do Poder. Toda a população se sentiu envolvida num grito de morte e de luto. Houve quem dissesse que a Brava iria acabar como o seu poeta. As ruas de Nova Sintra vestiram-se de flores para passar o cortejo fúnebre que ao som de mornas dolentes levou o seu ente querido a sepultar no cemitério do Lem. Cabo Verde inteiro vestiu-se de luto". In www.eugeniotavares.org/

quinta-feira, 27 de maio de 2010

"Cidade Velha e a Cultura Afro-Mundo: o futuro do passado”

Na próxima semana as atenções irão estar viradas para a Cidade Velha e para o encontro de dezenas de personalidades que não quiseram faltar ao Simpósio Internacional, dedicado a um lugar que já brilha nos livros como Património da Humanidade.




Um acto comemorativo, em que a história antiga, longínqua ou mais recente será retratada, documentada, revivida, comunicada, num evento que ficará guardado no livro da própria história.

Mais de cinco séculos já passaram sobre o período de chegada dos primeiros europeus e africanos que constituíram os contingentes e que formataram o que é hoje Cabo Verde e o Homem Cabo-verdiano. Destaca-se ainda este ano de 2010, os 35 anos da independência nacional e 1º aniversário da Cidade Velha como Património Mundial.

Por estas razões, a Uni-CV não quis deixar de fazer parte de algum tão importante, associando-se assim à 2ª edição do encontro “Cidade Velha e a Cultura Afro-Mundo: o futuro do passado”.

Focalizar as reflexões sobre o imperativo de potenciação da Ribeira Grande de Santiago como Património Mundial, designadamente, as vertentes de promoção do turismo cultural e esforços tendentes a sua inclusão no circuito turístico e cultural da Rota dos Escravos é um dos objectivos desta iniciativa, que terá lugar de 31 de Maio a 2 de Junho, no Convento de S. Francisco.

Um evento a não perder, onde a cultura, as tradições, a investigação, as histórias, as épocas, o diálogo são os convidados principais…

Foto tirada de www.caboindex.com/cabo-verde-blues/

Visualizar o programa do simpósio no link
http://www.unicv.edu.cv/images/stories/programa_simpsio.doc

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A dançar é que eu me entendo!!!!




Os pontos nos I da Margarida

Bom… Decidi… não por obra de uma lâmpada mágica que de repente se acendeu na minha cabecinha, mas por ter ficado inspirada com o regresso de Marcelo Rebelo de Sousa à TVI e aos seus comentários dominicais que tanto aprecio, e assim lá resolvi dar uso ao manifesto do teclado e voilá os pontos nos I da Margarida, ideias mirabolantes, opiniões que não agradam a gregos e troianos, convicções do mais cá de dentro que há!

Mas não… não prometo que seja semanal, até porque a minha relação com o computador é por vezes de preguiça, ou então de irritação com a condição de ter que escrever todos os dias. Por isso, de vez em quando vai aparecendo os pontos nos Is da Margarida que não promete nada de novo, nem revolucionário, mas que assegura ser fiel à própria autora.

Bom então vamos lá:

Mourinho e mais uma vitória na Liga dos Campeões. Percebo um pouquinho de bola, mas falta o outro bocadinho… mas sem dúvida que o interessante é falar do homem e da sua personalidade, até porque é graças àquela arrogância deliciosa que também faz sucesso. Imaginem lá um Mourinho sempre sorridente, a dizer coisas agradáveis e a tentar agradar a tudo e a todos só porque sim? Eh pá, nem pensar, Mourinho que é Mourinho diz frases como “sou o melhor treinador do mundo e vou ser outra vez em 2010” que afirma sem se preocupar com o que outros pensam, que seria "um milagre a nossa selecção chegar à fase final do Mundial”. Chamem lhe insolência, arrogância, o que quiser mas se ele é de facto the special one porque raio não há de dizer? “Desculpem fui campeão, já não perco em casa desde o tempo que estava no Porto, sou o novo treinador de uma super potência futebolística (sim já é oficial está no comando do Real Madrid) mas pronto sou humilde por isso não, claro que não sou o melhor treinador do Mundo? Poupem-me. Se fazemos algo bom, magnifico, gratificante, memorável porque não propagar aos sete ventos? Precisamos de mais atitudes à Mourinho, mas claro sempre que os feitos assim o justifiquem.

Entrevista da TVI a Mourinho – sem pimenta, fácil demais, chata com perguntas previsíveis, o jornalista a hesitar nas questões. Para tanto alarido, o telespectador merecia mais.

Regresso de Marcelo a Crise e o Governo – Como sempre igual a si próprio. O professor é capaz de ser a individualidade que mais reúne consensos entre os portugueses. Podemos estar algumas vezes em desacordo mas é sempre um prazer ouvi-lo. É sempre um bom momento televisivo.

A crise. Implacável e com a tendência para se tornar mortal. Dissolver o Parlamento nesta altura? No way. A Europa ia olhar para nós como loucos, perdidos nas teias da desgovernação de Sócrates, mas aqueles que como eu aguardam a queda de Sócrates (quer dizer não no sentido literário da palavra credo não desejo assim tanto mal à pobre criatura) não desesperem esse momento irá chegar, e de certeza que o Sócrates não terá tempo nem para dizer “I´ll be back”. Já os sucessivos despachos do Ministro das Finanças sobre quando os impostos irão incidir sobre os ordenados, revela mais uma vez que este Governo é um troca tintas de primeira e que Portugal neste momento está a ser liderado por números de circo que não conseguem despertar o riso a ninguém.

Gambôa – Mais um ano em que estive doente e que coincidiu com este festival. Ainda consegui no Sábado dar um saltinho muito rápido, mas o cansaço de uma semana em casa a curar uma infecção casmurra começou a falar mais alto. Acabei por ligar a Televisão na Record e ver um pouco dos tão aguardados Buraka Som Sistema. Suspense a abrir, jogos de luzes apelativos e consegui ainda dançar no meu imaginário com o YAH YAH YAH.

Para a Record duplo cartão vermelho. Péssima transmissão…. O que é habito. E entrevistar os patrocinadores? não é isso que se quer ver num festival. Os patrocinadores esses devem se refugiar na sua significância, que é mesmo a dos bastidores, eles nunca podem ser os protagonistas.

Uma nota final: num dos intervalos eis que aparece uma publicidade a Cabo Verde com imagens lindas, limpas, boa sequência de imagens, boa montagem… tudo perfeito. E no final aparece o logótipo da Record. No momento em que visualizei aquelas imagens tive um sentimento de familiaridade e puxando pela cabeça cheguei lá. São de um DVD sobre Cabo Verde feito por uma produtora portuguesa (desculpei mas não estou a lembrar-me do nome do DVD) que por acaso enviei a um tio meu há pouco tempo.

E depois caiu me a ficha… É vergonhoso… senão se consegue chegar à qualidade dos outros vai se aprendendo, e tentando e estudando e interagindo com aqueles que podem saber mais do que nós, (porque ninguém nasce ensinado) até se conseguir atingir essa tal marca, agora não se utiliza o trabalho dos outros e propaga-se como fosse nosso! Isso chega a ser criminoso! (E não… as imagens não foram cedidas porque senão eram colocado o nome da produtora, ou do documentá rio onde foram retiradas).


Boicotar a Record? São raras as vezes em que estou a fazer zapping e há alguma coisa naquele canal que me desperte a atenção, mas fica aqui o meu profundo desagrado, porque lá está não basta ver e protestar há que dar a conhecer esse roubo… sim roubo… já que apropriaram-se de uma coisa que não é deles.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Os impostos, o IVA e a prenda

O IVA vai aumentar! Os impostos também! O 13º mês vai sofrer alguns cortes! E o Papa chegou a Portugal. À semelhança de João Paulo II irá oferecer à Nossa Senhora de Fátima um presente. Ora bem a imagem agradece porque a tal imagem sabe sempre apreciar um anel ou uma joía.

Como o Vaticano brilha sempre monotariamente nas suas gentis ofertas, esta que Bento XVI irá oferecer à tal imagem, se calhar trocando em euros, já dava para compensar alguns 13º meses que vão ser graciosamente despromovidos!

Muita paciência! E depois ainda dizem que os valores cristãos estão-se a perder em Portugal? O que se está a perder, meus caros, é sim os empregos e se continuar à espera de um milagre, nem o Santo Papa irá conseguir ofuscar a tal crise, porque depois nem toda a fé do mundo irá salvar o que podia ter sido prevenido!

Como adorava ter vivido nesta altura!



"O movimento Claridoso surgiu na década de 1930 e marcou o início do modernismo em Cabo Verde. Foi um movimento intelectual que tentava demonstrar a predominância de uma cultura nacional, a caboverdiana, e tem entre os seus maiores representantes Baltasar Lopes, Manuel Lopes, Antonio Aurélio Gonçalves, Teixeira de Souza e Gabriel Mariano.
Para os escritores, o movimento foi o percursor do surgimento de uma literatura caboverdiana autônoma.

Do ponto de vista literário, a Claridade veio não só revolucionar de um modo exemplar toda a literatura cabo-verdiana com também marcar o início de uma fase de contemporaneidade estética e linguística, superando o conflito entre o Romantismo de matriz portuguesa -- dominante durante o século XIX -- e o novo Realismo. Ao nível político e ideológico, a Claridade tinha como objetivo procurar afastar definitivamente os escritores cabo-verdianos do cânone português, procurando reflectir a consciência coletiva cabo-verdiana e chamar a atenção para elementos da cultura cabo-verdiana que há muito tinham sido sufocados pelo colonialismo português, como é o exemplo da língua crioula.

Os fundamentos deste movimento de emancipação cultural e política podem encontrar-se na nova burguesia liberal oitocentista que instituiu a Escola como elemento homogeneizador da diversidade étnica das ilhas, no pressuposto de que o processo de alfabetização e formação intelectual da população era indispensável ao desenvolvimento de uma consciência geral esclarecida. A Escola desencadeou uma fome de leitura que está na base do extraordinário desenvolvimento cultural de Cabo Verde no século XX.

Atentos à realidade do quotidiano do povo das ilhas na década de 1930, estes filhos esclarecidos de Cabo Verde preocuparam-se com a precária situação vivenciada pelo povo, manifestada pelo sofrimento, miséria, fome e morte de milhares de cabo-verdianos ao longo dos anos; uma situação com origem na má administração do arquipélago pelo governo de Portugal, principalmente durante o regime fascista do António de Oliveira Salazar; não sendo, no entanto, alheios à desastrosa situação do povo ilhéu as frequentes estiagens.

Os fundadores da Claridade lançaram as mãos ao trabalho. Isto é, "fincaram os pés na terra," de acordo com o seu célebre conteúdo temático, para a execução do seu plano de trabalho. No entanto, teriam que proceder de uma forma muito discreta, devido ao regime de censura colonial existente sob a vigilância constante e aterrorizada da PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), temida pelo seu método de tortura; nomeadamente atrás das grades do presídio político do Campo do Tarrafal, na Ilha de Santiago.

Para poderem dar conta da penosa situação de Cabo Verde, começaram por pensar que um jornal periódico seria a arma ideal - mais eficiente - para combater a situação. Porém, na sequência de lhes terem exigido um depósito de 50 mil escudos, uma quantia exorbitante na época, optaram pelo lançamento de uma revista. Claridade - o nome atribuído - resultou como um título bem escolhido, pois constituiu um ‘farol’ que projetou uma luz rejuvenescedora, intensa e duradoura sobre Cabo Verde, no despertar de uma literatura realista e moderna".


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vinho do Fogo, no programa Há Mar Há Terra



Fogo. Vulcão, Natureza, sobrados. O seu famoso café e queijo e o seu Vinho Chã e Sodade que não deixam ninguém indiferente.
Já dizia o poeta Fernando Pessoa “Boa é a vida, mas melhor é o vinho"…

Essa relíquia ancestral que sobrevive à passagem das épocas, faz a delícias daqueles que têm o prazer de desfrutar do seu sabor, qualidade, aroma. Aliás as evidências arqueológicas sugerem que a mais antiga produção de vinho teve lugar em vários locais da Geórgia, Irão e China entre 6 000 e 5 000 A.C.
Já na ilha das pedras vulcânicas o historial do Vinho já atravessou alguns mares de séculos. Ora vejamos:

O cultivo da videira foi introduzido em Cabo Verde e na ilha do Fogo pelos portugueses, que no início do povoamento trouxeram as culturas alimentares mediterrânicas que faziam parte dos seus hábitos alimentares.
A primeira região agrícola da ilha situou-se entre Monte Tabor, São Lourenço e Pico Pires… a norte de São Filipe... que mais tarde se foi expandindo para outras regiões até chegar à tão calorosa e surpreendente Chã das Caldeiras.
Hoje, esta localidade constitui a principal região de cultivo de videira em todo o país, ocupando uma extensa área, calculada em mais de 200 hectares.
Dizem os escritos que foi em 1817 que o vinho produzido em Cabo Verde (Fogo, Santo Antão, as principais regiões vinícolas do Arquipélago) começou a ser exportado para o Brasil e Guiné.

Para evitar a concorrência com o vinho português, o então primeiro ministro de Portugal, Marques de Pombal, como medida proteccionista das vinhas de Alto Douro, mandou proibir a exportação do vinho para o Brasil, num primeiro momento e, para mais tarde ordenar a pura destruição de todas as videiras, nas ilhas e em consequência a produção de vinho.
E quando teve início a produção de vinho no Djar Fogo? ....


Se querem saber mais não percam... hoje Há Mar Há Terra, na TCV pelas 19h30.
Porque o mundo rural também precisa da vossa atenção!

domingo, 2 de maio de 2010

Scream for environment




Ela trabalha silenciosamente para o ser humano, sem que nenhum de nós se aperceba. Ela renova o ar que respiramos, produzindo oxigénio e consumindo dióxido de carbono.

Ela regulariza o clima, contribui para a protecção dos solos, evitando a erosão, favorece a infiltração e conservação da água no solo, constitui uma fonte de alimentação para muitos seres vivos…

A floresta!

Todas são encantadas… com as suas árvores centenárias, os seus animais que as escolhem como casa, as flores, as plantas, as mais diversas… as mais complexas. Todos aqueles que são apologistas da defesa da natureza se rendem aos seus encantos.

Mas nem sempre o verde ganha… a maioria das vezes, o meio ambiente mede forças com a prepotência humana, saindo a perder de um duelo em que as “armas” do Homem são traiçoeiras.

A destruição da floresta. Quando tal barbaridade acontece, diz-se adeus furiosamente ao ecossistema… a biodiversidade morre nas mãos daqueles que se vestem sem alma e sem remorsos. O apagar num simples flash de várias fontes de riquezas naturais.

Uma floresta demora dezenas e centenas de anos a formar-se, mas a sua destruição põe-se fazer em apenas alguns minutos.

Instala-se o caos, o desequilíbrio gera a extinção. As lágrimas correm nos rios que moram nas florestas, o choro das espécies é ouvido entre as folhagens e os arbustos. Aumenta a desertificação, os efeitos das mudanças climáticas, a erosão dos solos, o aumento das enxurradas quando chove e por fim chegam as perdas económicas.

Uma única questão: Porquê?

As árvores e as florestas constituem um valioso recurso natural renovável gerador de múltiplos bens e serviços, da maior relevância para o ambiente, para a economia e para a qualidade da vida dos cidadãos.

Muitas das coisas que usamos diariamente provem destes bens essenciais:
A lenha para cozinharmos, a madeira para fazermos as mobílias que temos em casa, a cortiça de que são feitas as rolhas, os tapetes e as palmilhas, os frutos para a nossa alimentação e para a dos animais.

O papel que usamos todos os dias vem da madeira, como também as caixas de cartão que servem para embalar…

O mel, que é produzido pelas abelhas que vão buscar o pólen às flores das árvores e arbustos e proporciona-nos bem-estar e belos espaços de lazer, embelezando praças e ruas.

Por tudo isto e muito mais, num tempo há muito longínquo, mais propriamente em 1782, John Stirling Morton conseguiu sensibilizar toda a população a consagrar um dia no ano dedicado à plantação ordenada, de diversas árvores para resolver o problema da escassez de material lenhoso.

Mais tarde, em 1971 a Confederação Europeia de Agricultores propôs à FAO estabelecer essa data como o Dia Mundial da Árvore e Floresta. A FAO aceitou.

Sensibilizar as populações para a importância dos “pulmões” da terra. É esse o objectivo desta data comemorativa que este ano se repete mais uma vez.





Cabo Verde.
As florestas naturais há muito que desapareceram. Actualmente, apenas aquelas que foram plantadas lutam contra a desertificação, protecção do solo e água e para a produção de lenha.

As campanhas de plantações de árvores para criação de áreas florestadas têm sido um desafio para o arquipélago, desde da época colonial até à data actual.

Muitos esforços várias verbas disponibilizadas por parte do Governo. As novas áreas florestais e a manutenção dos perímetros existentes têm dado trabalho a diversas famílias principalmente nas comunidades rurais.

Contribuindo assim para a luta contra a pobreza, mas também produzindo pastos para animais, lenha e outros produtos derivados da floresta que são também fontes de rendimento.

80 Mil hectares. É este o património florestal de Cabo Verde, resultado de um grande esforço nacional, com apoios de parcerias internacionais levadas a cabo principalmente após a independência, com programas de diversas índoles.

Construção de estruturas biológicas e de infra-estruturas mecânicas, tais como diques, banquetas, arretos, caldeiras, muros de protecção, foram alguns dos projectos concretizados.

Os incêndios, a poluição, o corte de árvores sem necessidade, morte dos animais que vivem nas florestas. Apontar o dedo a estes actos, tendo como palavra de ordem o cuidar.

Das árvores que estão ao redor das nossas casas, escolas, ruas, praças. Fazer um uso racional dos produtos provenientes da floresta, como por exemplo o papel.

Haver uma educação ambiental! RIGHT NOW! Poderia escrever a noite toda sobre este assunto se soubesse que cada palavra iria ser levada como uma missão: o de começar já amanhã, a olhar para o meio ambiente que nos rodeia como algo que faz parte de nós e que se diariamente destruimo-lo lentamente, então também, lentamente estamos a dar cabo de um bocadinho de nós!

Campanhas na televisão, um veiculo rapido de se fazer chegar a informação, já que se faz publicidade por tudo e mais alguma coisa, porque não uma boa campanha televisiva sobre como preservar o verde, como acabar com a "cultura do lixo". Porque consegue-se mudar mentalidades... já que mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!

Agora é necessário começar a fazer algo!!!! a quem é preciso gritar, falar, revoltar, discutir, para que esse algo se comece a fazer?

E mais sugestões?

Foto: Alexander Radsby, Alex Cherry