segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Adeus Manuel D´Novas
Quando ouvi pela primeira vez,"Nos Morna", pela voz celébre de Ildo Lobo, mas pensada por Manuel D´Novas, foi como uma comunhão de sentimentos novos, uma sensação de felicidade...é isso mesmo o que esta letra dá.
Tal como "Lamento d´um imigrante... outra sonoridade que nos arrasa a alma perante a força da sua letra...
Morreu um grande senhor que sabia brincar com as palavras que as conjugava numa perfeita harmonia...
Há muito a dizer sobre este homem de Santo Antão mas que foi "adoptado" por S. Vicente. Eu só me posso referir às suas músicas. E que belas que elas são!!!!
Foto retirada do site do Semana Online
Portugal e a bicharada
O problema é que mais do que nunca Portugal está entregue à bicharada. Literalmente... Com os deputados do CDS, Sócrates consegue maioria no Parlamento, mas para isso claro terá que se aliar ao "vira-casacas" do Dr. Paulo Portas, que certamente irá "delirar" com a oferta socialista de alguns ministérios. O momento que Portas desejou nos últimos tempos... voltar a fazer parte de um Governo...
Esquerda e extrema direita (sim porque não me venham com coisas que o CDS/PP não é de extremos, começando pelo seu líder) juntos? Valha-nos todos os santos.
Aos que estão lá Boa Sorte, aos portugueses espalhados pelo mundo aguentem-se mais uns quatro anos fora, porque de certeza que qualquer lugar é bem melhor para viver do que o nosso Portugal socrático com uma pitada de direita ferrenha à mistura.
Lá começam novamente as dores de cabeça de Cavaco Silva!!!
Aguarda-se por novos episódios...
Esquerda e extrema direita (sim porque não me venham com coisas que o CDS/PP não é de extremos, começando pelo seu líder) juntos? Valha-nos todos os santos.
Aos que estão lá Boa Sorte, aos portugueses espalhados pelo mundo aguentem-se mais uns quatro anos fora, porque de certeza que qualquer lugar é bem melhor para viver do que o nosso Portugal socrático com uma pitada de direita ferrenha à mistura.
Lá começam novamente as dores de cabeça de Cavaco Silva!!!
Aguarda-se por novos episódios...
E o vencedor é… José Sócrates sem maioria
José Sócrates e o PS ganham a continuação no Governo, mas perdem a maioria absoluta. Após a noite onde se decidiu quem irá comandar os destinos de Portugal, uma pergunta impera… Com quem o Partido Socialista irá fazer coligação?
Às 19h00 de Portugal, 17h00 em Cabo Verde, as primeiras projecções eram dadas. A abstenção situava-se entre os 38% a 43%, um valor acima do indicado nas últimas legislativas. (Em 2005, 35,7%).
As primeiras reacções. Da parte do PS, “alguma prudência” aos dados, já o PSD referiu que a abstenção era “demasiado preocupante”.
Estava-se no arranque dos motores. As expectativas eram muitas. E o nervosismo era sentido na cara dos diversos apoiantes de cada partido.
A dezoito minutos de se saber quem seria o mais provável vencedor, Luís Marques Guedes, do PSD, veio lamentar a elevada taxa de abstenção. Seguindo-se o CDS.
Depois de 15 dias de campanha, de frente a frente, de debates, de troca de acusações, e visitas a feiras e mercados, as projecções dão vitória ao PS e a José Sócrates, (primeira projecção 40 a 36%), mas… sem maioria absoluta.
Partidos da oposição congratulam-se com perda de maioria do PS. O partido socialista foi o primeiro a manifestar-se. Vieira da Silva, director de campanha de Sócrates, salientou que “o povo foi chamado a escolher, e escolheu”, defendendo que o PS “obteve uma clara vitória”. “Alcançamo-la em condições muito difíceis, depois de termos sido abalado pela pior crise económica mundial, depois de termos um resultado negativo nas últimas eleições europeias, podemos dizer que hoje o PS deverá estar satisfeito com os resultados obtidos”.
Vieira Silva foi mais longe e clarificou que foi “uma vitória sobre o pessimismo, um factor esperança de que somos capazes de recuperar e colocar Portugal na rota do crescimento e a coesão social”.
Da sede dos sociais-democratas, reinava o silêncio e algum desconforto perante os resultados…
O Bloco de Esquerda (BE) foi o segundo a comentar pela voz de Luís Fazenda. “Derrotámos o PS, pois não teve maioria absoluta. Estas projecções trazem como resultado político o reforço do BE e o seu crescimento. Estamos orgulhoso por ter contribuído para a derrota da direita e tirar a maioria absoluta ao PS, e à sua arrogância”, referiu.
Também a primeira reacção do CDS/PP e da CDU era unânime: a congratulação pela retirada da maioria absoluta ao partido dos rosas.
Um facto que se destaca destas eleições é que há muito que as duas maiores forças politicas (PS e PSD) não somavam tão pouco, tanto a nível de percentagem como no que diz respeito ao número de deputados.
Às 21h00 da noite, o duelo era agora travado entre o CDS/PP e o Bloco de Esquerda e a disputa renhida pelo terceiro lugar.
Manuel Alegre, o deputado do PS que nas presidenciais concoreu contra Mário Soares, perde o seu lugar no Parlamento, mas não deixou de salientar que a maioria relativa “obriga a um maior diálogo político e institucional, a um esforço para ouvir e dialogar com os outros partidos", mas defendendo “não haver condições para uma coligação, nem à esquerda nem à direita”.
Futuro de Ferreira Leite decidido depois das autárquicas
Um dos discursos mais aguardados da noite. Acompanhada por Aguiar Branco, Manuela Ferreira Leite fez a sua declaração após a derrota: “Quero cumprimentar os vencedores, nesse sentido já telefonei ao Eng. José Sócrates”. Na bancada Rui Rio, presidente da Câmara do Porto, Fernando Negrão, Leonor Beleza, eram alguns dos sociais-democratas que ouviam o discurso da líder do PSD.
“Ao longo de toda esta campanha eleitoral fizemos aquilo que em consciência achamos que deveria ser feito. O PSD não se calara nem se deixará intimidar no exercício dos seus direitos democráticos. Não abdicamos do princípio que nunca nos afastaremos, continuaremos o combate político guiamo-nos pelos princípios firmados e que mantemos… os resultados não foram esperados e isso assumo inteira responsabilidade”.
Manuela Ferreira Leite acrescentou ainda que o PSD agora tem de estar mobilizado para as eleições autárquicas. “Amanhã começa uma outra campanha eleitoral, o PSD tem de se concentrar nessas importantes eleições, que têm uma grande importância na vida da população, após essa data, convocarei o congresso para analisar todos estes factos”.
Muito cuidadosa no discurso de oposição, Manuel Ferreira Leite não fechou a porta, a dar “o seu voto” pontualmente, a assuntos cruciais como por exemplo o orçamento.
Após a líder do PSD sair de palco, foi visível nas televisões portuguesas, ouvir algumas opiniões que defendem, entre linhas, a sua saída. Como o caso do Presidente da Câmara de Gaia e ex-líder do PSD, Luís Filipe Menezes.
Já o secretário geral da CDU, Jerónimo de Sousa referiu que a perda da maioria absoluta constitui a maior na vitória e uma viragem nacional, enquanto que Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, ressalvou que o BE teve um resultado extraordinário ao subir para mais de 200 mil votos e eleger 16 deputados.
“O PS aclama vitória hoje, mas Maria de Lurdes Rodrigues (Ministra da Educação) perdeu o seu lugar, dou os parabéns aos professores”, salientou Louçã.
Sócrates e Portas… Possível União?
“Meus caros amigos o Partido Socialista teve esta noite uma vitoria extraordinária eleitoral, o povo falou e falou bem claro, o PS foi de novo escolhido para governar Portugal, sem nenhuma ambiguidade tudo faremos para honrar e estar altura dessa confiança”, foi desta maneira que o vencedor da noite começou o seu discurso. Clarificando que o PS pode estar orgulhoso de ter feito uma boa campanha, positiva e justa, fazendo assim uma critica indirecta a Manuela Ferreira Leite, José Sócrates afirmou que “o povo português valorizou essa atitude, pois o PS não se candidatou para combater ninguém, mas sim servir Portugal e os portugueses”.
Quanta a possíveis coligações, o Primeiro-ministro respondeu de uma só forma:
“Devemos observar todos os procedimentos institucionais, esperar a Indigitação Presidencial, depois irei fazer consulta com todos os partidos com assentos parlamentares. Esta legislatura merece estabilidade, é cedo para responder a essa pergunta se irei governar sozinho”.
Mal Sócrates acabou o discurso, o líder o CDS/PP, Paulo Portas iniciava o seu. Conseguindo atingir os 10% que há muito tempo desejava, sendo agora a terceira força política e parlamentar, Portas não conseguia deixar de sorrir. “O povo tirou a maioria absoluta a José Sócrates, o PS desceu cerca de 45 para 36%, perdeu mais de meio milhão de votos. O país recusou a arrogância e prepotência duma maioria transformada em poder absoluto, acrescentando que a forma de governar Portugal terá que mudar radicalmente e que “deputado a deputado, voto a voto, provou-se que o voto do CDS não é útil mas sim utilíssimo”.
Com 22 deputados eleitos, o CDS entrou para a história elegendo pela primeira vez um deputado no círculo da Madeira, mas também, em círculos mais fechados como, Coimbra e Faro. Portas agradeceu ainda aos jovens que em muitos concelhos deram ao CDS mais de 20 por cento, mas também, às deputadas eleitas pela sua inteligência nata e competência já provada.
Acaba mais uma noite de eleições. A 11 de Outubro há novamente mais uma meta a ser atingida por cada partido. Resta saber se até lá saberemos se haverá coligação entre socialistas e democratas cristão ou entre as esquerdas ou se Sócrates irá se aventurar numa governação sozinha sem ajudas de ninguém.
Às 19h00 de Portugal, 17h00 em Cabo Verde, as primeiras projecções eram dadas. A abstenção situava-se entre os 38% a 43%, um valor acima do indicado nas últimas legislativas. (Em 2005, 35,7%).
As primeiras reacções. Da parte do PS, “alguma prudência” aos dados, já o PSD referiu que a abstenção era “demasiado preocupante”.
Estava-se no arranque dos motores. As expectativas eram muitas. E o nervosismo era sentido na cara dos diversos apoiantes de cada partido.
A dezoito minutos de se saber quem seria o mais provável vencedor, Luís Marques Guedes, do PSD, veio lamentar a elevada taxa de abstenção. Seguindo-se o CDS.
Depois de 15 dias de campanha, de frente a frente, de debates, de troca de acusações, e visitas a feiras e mercados, as projecções dão vitória ao PS e a José Sócrates, (primeira projecção 40 a 36%), mas… sem maioria absoluta.
Partidos da oposição congratulam-se com perda de maioria do PS. O partido socialista foi o primeiro a manifestar-se. Vieira da Silva, director de campanha de Sócrates, salientou que “o povo foi chamado a escolher, e escolheu”, defendendo que o PS “obteve uma clara vitória”. “Alcançamo-la em condições muito difíceis, depois de termos sido abalado pela pior crise económica mundial, depois de termos um resultado negativo nas últimas eleições europeias, podemos dizer que hoje o PS deverá estar satisfeito com os resultados obtidos”.
Vieira Silva foi mais longe e clarificou que foi “uma vitória sobre o pessimismo, um factor esperança de que somos capazes de recuperar e colocar Portugal na rota do crescimento e a coesão social”.
Da sede dos sociais-democratas, reinava o silêncio e algum desconforto perante os resultados…
O Bloco de Esquerda (BE) foi o segundo a comentar pela voz de Luís Fazenda. “Derrotámos o PS, pois não teve maioria absoluta. Estas projecções trazem como resultado político o reforço do BE e o seu crescimento. Estamos orgulhoso por ter contribuído para a derrota da direita e tirar a maioria absoluta ao PS, e à sua arrogância”, referiu.
Também a primeira reacção do CDS/PP e da CDU era unânime: a congratulação pela retirada da maioria absoluta ao partido dos rosas.
Um facto que se destaca destas eleições é que há muito que as duas maiores forças politicas (PS e PSD) não somavam tão pouco, tanto a nível de percentagem como no que diz respeito ao número de deputados.
Às 21h00 da noite, o duelo era agora travado entre o CDS/PP e o Bloco de Esquerda e a disputa renhida pelo terceiro lugar.
Manuel Alegre, o deputado do PS que nas presidenciais concoreu contra Mário Soares, perde o seu lugar no Parlamento, mas não deixou de salientar que a maioria relativa “obriga a um maior diálogo político e institucional, a um esforço para ouvir e dialogar com os outros partidos", mas defendendo “não haver condições para uma coligação, nem à esquerda nem à direita”.
Futuro de Ferreira Leite decidido depois das autárquicas
Um dos discursos mais aguardados da noite. Acompanhada por Aguiar Branco, Manuela Ferreira Leite fez a sua declaração após a derrota: “Quero cumprimentar os vencedores, nesse sentido já telefonei ao Eng. José Sócrates”. Na bancada Rui Rio, presidente da Câmara do Porto, Fernando Negrão, Leonor Beleza, eram alguns dos sociais-democratas que ouviam o discurso da líder do PSD.
“Ao longo de toda esta campanha eleitoral fizemos aquilo que em consciência achamos que deveria ser feito. O PSD não se calara nem se deixará intimidar no exercício dos seus direitos democráticos. Não abdicamos do princípio que nunca nos afastaremos, continuaremos o combate político guiamo-nos pelos princípios firmados e que mantemos… os resultados não foram esperados e isso assumo inteira responsabilidade”.
Manuela Ferreira Leite acrescentou ainda que o PSD agora tem de estar mobilizado para as eleições autárquicas. “Amanhã começa uma outra campanha eleitoral, o PSD tem de se concentrar nessas importantes eleições, que têm uma grande importância na vida da população, após essa data, convocarei o congresso para analisar todos estes factos”.
Muito cuidadosa no discurso de oposição, Manuel Ferreira Leite não fechou a porta, a dar “o seu voto” pontualmente, a assuntos cruciais como por exemplo o orçamento.
Após a líder do PSD sair de palco, foi visível nas televisões portuguesas, ouvir algumas opiniões que defendem, entre linhas, a sua saída. Como o caso do Presidente da Câmara de Gaia e ex-líder do PSD, Luís Filipe Menezes.
Já o secretário geral da CDU, Jerónimo de Sousa referiu que a perda da maioria absoluta constitui a maior na vitória e uma viragem nacional, enquanto que Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, ressalvou que o BE teve um resultado extraordinário ao subir para mais de 200 mil votos e eleger 16 deputados.
“O PS aclama vitória hoje, mas Maria de Lurdes Rodrigues (Ministra da Educação) perdeu o seu lugar, dou os parabéns aos professores”, salientou Louçã.
Sócrates e Portas… Possível União?
“Meus caros amigos o Partido Socialista teve esta noite uma vitoria extraordinária eleitoral, o povo falou e falou bem claro, o PS foi de novo escolhido para governar Portugal, sem nenhuma ambiguidade tudo faremos para honrar e estar altura dessa confiança”, foi desta maneira que o vencedor da noite começou o seu discurso. Clarificando que o PS pode estar orgulhoso de ter feito uma boa campanha, positiva e justa, fazendo assim uma critica indirecta a Manuela Ferreira Leite, José Sócrates afirmou que “o povo português valorizou essa atitude, pois o PS não se candidatou para combater ninguém, mas sim servir Portugal e os portugueses”.
Quanta a possíveis coligações, o Primeiro-ministro respondeu de uma só forma:
“Devemos observar todos os procedimentos institucionais, esperar a Indigitação Presidencial, depois irei fazer consulta com todos os partidos com assentos parlamentares. Esta legislatura merece estabilidade, é cedo para responder a essa pergunta se irei governar sozinho”.
Mal Sócrates acabou o discurso, o líder o CDS/PP, Paulo Portas iniciava o seu. Conseguindo atingir os 10% que há muito tempo desejava, sendo agora a terceira força política e parlamentar, Portas não conseguia deixar de sorrir. “O povo tirou a maioria absoluta a José Sócrates, o PS desceu cerca de 45 para 36%, perdeu mais de meio milhão de votos. O país recusou a arrogância e prepotência duma maioria transformada em poder absoluto, acrescentando que a forma de governar Portugal terá que mudar radicalmente e que “deputado a deputado, voto a voto, provou-se que o voto do CDS não é útil mas sim utilíssimo”.
Com 22 deputados eleitos, o CDS entrou para a história elegendo pela primeira vez um deputado no círculo da Madeira, mas também, em círculos mais fechados como, Coimbra e Faro. Portas agradeceu ainda aos jovens que em muitos concelhos deram ao CDS mais de 20 por cento, mas também, às deputadas eleitas pela sua inteligência nata e competência já provada.
Acaba mais uma noite de eleições. A 11 de Outubro há novamente mais uma meta a ser atingida por cada partido. Resta saber se até lá saberemos se haverá coligação entre socialistas e democratas cristão ou entre as esquerdas ou se Sócrates irá se aventurar numa governação sozinha sem ajudas de ninguém.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Subscrever:
Mensagens (Atom)