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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sem comentários...

Há menos de um mês que as "conversas de café" da sociedade civil cabo-verdiana prendiam-se com o tema da Biosphere (um sistema de Gasificação que produz electricidade e consome vários tipos de fontes de combustível) e a vinda deste processo de tratamento de lixo para as ilhas crioulas.

Sabe-se que não há sistemas perfeitos, se houvesse não haveria vozes críticas (apesar de haver aquelas que só contestam pelo facto do seu apelido do meio ser "sempre do contra"), riscos e viveríamos num mundo cor-de-rosa. Mas a realidade não é essa...

Acerca deste assunto só tenho uma situação a partilhar.

São 22 horas de um qualquer dia da semana. Vou num carro com mais quatro pessoas, quando de repente estamos atravessar o Kelem, um lugar onde o lixo abunda, e a condutora atira uma garrafa de água de litro e meio vazia e profere as seguintes palavras: "Margarida, desculpa, sei que não devia fazer isso, em Portugal não tenho o hábito de o fazer, mas aqui é normal".

Há comentários possíveis?
Não é da educação, como muitas vezes dizem, mas sim da formação de cada um.




Se a gasificação for para eliminar, exterminar este cenário, porque não?

2 comentários:

Redy Wilson Lima disse...

É por isso que alguém uma vez disse que o grande problema do lixo na Praia é devido em parte pela importação de "lixos" de outras partes. Estou nos meus momentos radicais, como é evidente.

Margarida Conde disse...

Redy Wilson;

Nesta questão o mais importante não é se o "lixo é importado" de S. Vicente, da Praia, de Santo Antão, de Portugal, da América ou da China, mas sim de começar haver uma politica de consciencialização.

E para darem o exemplo, as Câmaras podem começar por colocar mais caixotes nas ruas, de modo a prevenir que as pessoas demorem 5 minutos até chegarem a um... (a maioria ao final do primeiro minuto já está farta e acaba por "lançar" os sacos para o chão).

Enquanto estás nos momentos radicais prefiro estar nos momentos positivos e pensar que pode haver luz ao fundo do tunel.

P.S: já agora a pessoa que fez aquela referência é "badia". Poderia ser portuguesa, senegalesa, espanhola ou italiana.