6 anos de idade... a caixinha mágica tinha várias luzes luminosas que eu adorava observar. aquelas cores, imagens, bonecos mexiam com a minha mente, fazendo me voar para outros mundos, onde eu era a única que tinha a chave para entrar.
8 anos de idade... a minha mãe entrava no quarto e ria-se com o facto de eu estar com o comando da televisão a fingir que era um microfone, a olhar para um espelho a pensar que era uma camara e a imaginar que estava a relatar uma notícia... tentava imitar tal iqual, aquelas senhoras e senhores que apareciam na televisão por volta das 20h00, de microfone em punho a falar só para mim, sobre algo que poderia ser dito de uma forma trágica, alegre ou simplesmente sem qualquer tipo de emoções.
Já na hora de escolher o curso nao tive dúvidas... aos 20 anos queria que no futuro as minhas reportagens marcassem a diferença, desejava estar nos cenários de guerra pela adrenalina, ambicionava mais do que tudo na vida ser jornalista simplesmente pelo facto do amor à profissão.
E claro acabei por seguir aquilo que por vezes tira me horas de sono, que me deixa sem horários para nada, que me oferece um cansaço e um stress inexplicavel, mas que me dá acima de tudo felicidade, prazer, alegria.
Nunca fui pessoa de ficar muito tempo no mesmo lugar... acho que quando sentimos que não estamos a evoluir ou que estagnamos nas teias da profissão temos de partir rumo a outro desafio. Gosto de sentir que estou aprender e não acordar e sentir que naquele lugar já encerrei a minha missão.
Quando assim o é agarro na minha caneta e parto em busca de outra escrita, de outra informação, de mais uma redacção com todas as suas carecteristicas, qualidades, defeitos e feitios.
No começo de um Novo Ano... encontrei novos obstaculos para ultrapassar, novas montanhas para escalar e novos mares para domar...
Deixo a Agencia Caboverdeana de Imagens (ACI), onde recebi os instrumentos, ferramentas conhecimentos sobre como é trabalhar na televisão, um lugar onde tive a oportunidade de em equipa conceber reportagens das quais orgulho-me muito, para regressar à minha velha e querida escrita, ao trabalhar em mais uma publicação, chamada A Semana.
Quem me conhece sabe que tal como começei este texto a minha grande paixão é sem duvida a caixinha mágica e como tal não poderia "abandona-la" por isso os projectos em televisão irão continuar, agora numa versão mais independente.
Porque uma coisa é certa, parar é morrer e, eu sem duvida, nunca vou parar neste mundo chamado jornalismo.
Disso podem ter a certeza!!!! :)
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
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4 comentários:
Boa sorte nessa "versão mais independente". Um 2010 memorável!
Boa sorte amiga.
obrigada pedrocas... cá te espero boa viagem!!!
obrigada amilcar tambem para ti um ano em grande!!!!!
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